Como afetamos e somos afetados pela experiência que estamos vivendo

Blog Danielle Gomes 8

Como afetamos e somos afetados pela experiência que estamos vivendo

Muitos pais e profissionais se preocupam em como as crianças têm passado o seu tempo neste período e qual o impacto que isso terá no futuro. Comprovadamente, experiências repetidas mudam a arquitetura física do cérebro. Pensando nisso, qual o impacto que toda essa experiência que estamos vivendo terá na formação de nossos filhos?

Nossa rotina mudou completamente e isso é um fato. A que tipo de experiências nossos filhos estão submetidos diariamente ao longo desse último ano?

Pare um pouco para refletir sobre algumas questões:

– Com quais pessoas eles estão interagindo?

– Que tipo de experiências eles estão vivendo nesse período?

– Como temos comunicado os acontecimentos?

– Ao que eles estão tendo acesso?

– Como os ajudamos a refletir sobre suas ações e comportamentos?

– O que temos ensinado sobre relacionamentos, empatia, autocuidado e respeito?

– A que oportunidades eles estão sendo expostos, mesmo com tantas limitações?

Esses questionamentos não são para gerar mais culpa ou sentimento de impotência. Estamos vivendo uma realidade difícil, mas ainda assim, podemos fazer escolhas e agir de forma intencional.

Tudo que eles experienciam impacta no desenvolvimento de seu cérebro e influencia a forma como eles se relacionam e atuam no mundo.

O tempo de tela aumentou consideravelmente neste período devido às aulas online e às demais atividades que eles realizam de forma virtual. Esta é uma alternativa ao distanciamento e, neste momento, não há muito que se possa fazer nesse sentido.

No entanto, que tipo de conteúdo eles estão consumindo? Que tipo de programas estão assistindo, quais jogos estão jogando, quais livros estão lendo? Quais atividades eles passam horas do seu tempo realizando?

É importante estimular a realização de atividades que ajudem a construir suas capacidades, a desenvolver o relacionamento e que deem a oportunidade de compreender a vida de uma forma mais ampla.

Dentro das limitações impostas, como podemos estimular atividades que irão promover essas experiências de aprendizado?

Podemos ajudá-los a pensar em algumas alternativas como: aproveitar melhor o tempo com a família para fazer coisas em conjunto, fazer exercício físico ou alguma atividade ao ar livre dentro do possível e tomando os cuidados necessários. Fazer um tour virtual por lugares do mundo, aprender uma nova habilidade, praticar uma boa ação, construir alguma coisa com materiais que estejam disponíveis, buscando novas formas de diversão e explorando novas alternativas.

Não é possível protegê-los de toda a adversidade a que estamos expostos. Essas experiências são parte importante do que está acontecendo e da nossa história de vida. Podemos ajudá-los a passar por elas desenvolvendo habilidades internas e necessárias para enfrentá-las e aprender com elas.

Uma forma de gerar aprendizado é conversar com eles sobre o que estão sentindo e discutir sobre os acontecimentos. Podemos ajudá-los a identificar e compreender melhor a situação, percebendo seus sentimentos e os dos outros.

Quando damos nome e identificamos nossas emoções, nossos níveis de medo e raiva são capazes de diminuir. Quando os filhos se sentem vistos, escutados, eles se tranquilizam e se sentem protegidos, mesmo em situações adversas.

Mostrar para eles que entendemos como eles se sentem e comunicar nossa empatia, ajuda a tranquilizar o caos que todos nós estamos vivendo. Ser compreendido desencadeia uma sensação calmante e até mesmo curativa.

Danielle Vieira Gomes
@daniellevieiragomes



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