Como educar de forma mais assertiva e respeitosa, colocando limites claros e consistentes. Parte II

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Como educar de forma mais assertiva e respeitosa, colocando limites claros e consistentes. Parte II

Todas as vezes que nossos filhos se comportam mal, eles nos dão uma oportunidade de compreender melhor do que eles precisam em termos de ajuda para aprender. Eles são filhos e precisam de nossa orientação e, esses momentos, por mais difíceis que sejam, são uma oportunidade de desenvolver conhecimento e crescimento.

Quando seu filho de quatro anos toma o brinquedo do amigo, ele está sinalizando que precisa desenvolver a habilidade de saber compartilhar. Quando seu filho de oito anos interrompe sua conversa para lhe pedir alguma coisa, ele está sinalizando que precisa desenvolver a habilidade de saber esperar.

Em determinadas situações, eles não conseguem se autorregular e isso não quer dizer que estão fazendo propositalmente para nos tirar do sério ou desafiar.

Nós como pais, procuramos ser amorosos e pacientes a maior parte do tempo. Mas em determinados momentos, podemos perder a paciência. Podemos fazer coisas das quais nos arrependemos depois e, quando agimos assim, não é porque escolhemos ser impacientes ou reativos.

A capacidade de alguém em lidar bem com situações e tomar boas decisões pode variar conforme as circunstâncias e o contexto de determinada situação. Simplesmente por sermos humanos, nossa capacidade de nos controlarmos bem não é estável e constante. E esse também é o caso dos nossos filhos.

Por isso, é um engano achar que porque seu filho consegue se controlar bem em um momento, ele sempre será capaz de fazer isso. E que quando ele não administra bem seus sentimentos e comportamentos, não significa que seja mimado ou que precise de punição.

Em vez disso, ele precisa de compreensão e ajuda e, podemos fazer isso através de conexão emocional e estabelecimento de limites.

Objetivo de educar: conseguir a cooperação dos filhos e ensiná-los importantes habilidades e lições de vida que os ajudarão em sua formação.

Pare agora e reflita:

– O quanto você está agindo de forma intencional na educação de seus filhos?

– Como você costuma reagir normalmente ao mau comportamento dos seus filhos?

– Você age automaticamente:

  • Bate;
  • Impõe pausa para pensar;
  • Castiga;

Talvez você simplesmente faça o que seus pais fizeram ou exatamente o oposto. Avalie:

– Quanto da sua estratégia disciplinar vem de uma abordagem intencional e consistente em vez de simplesmente reagir ou se basear em velhos hábitos ou mecanismos padrão?

Quando seu filho está prestes a perder o controle, você pode escolher apertar dois botões:

Reagir – “perder o controle” – usando ameaças e exigências;

Ou

Conexão – “acalmar-se e pensar”- você usa a estratégia de envolvimento.

Como pais devemos ajudar nossos filhos a compreender regras e limites, isso os ajudará a construir sua consciência e seu caráter.

Quando estamos dispostos a estabelecer limites de forma amorosa nós os ajudamos a se desenvolver e melhorar sua capacidade de se relacionar, de ter autocontrole, empatia e muitas outras habilidades.

Eles podem se sentir bem sobre quem são, ao mesmo tempo que aprendem a mudar seu comportamento.

 

Referências:

NELSEN, Jane; ERWIN, Cheryl; DUFFY, Roslyn Ann. Disciplina Positiva Para Crianças De 0 A 3 Anos. Como criar filhos confiantes e capazes.1ª ed. Barueri SP: Manole, 2018

 

SIEGEL, Daniel J.; BRYSON, Tina Payne. Disciplina sem Drama. Guia prático para ajudar na educação, desenvolvimento e comportamento dos seus filhos. 1ª ed. São Paulo: nVersos, 2016.

Danielle Vieira Gomes
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