Como podemos ajudar nossos filhos a ter autodeterminação?

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Como podemos ajudar nossos filhos a ter autodeterminação?

Todo pai e mãe emocionalmente saudáveis desejam que seus filhos sejam felizes e bem sucedidos. Querem que eles se tornem autônomos e competentes no plano social, emocional e cognitivo. Desejam que eles encontrem seu lugar no mundo, que desfrutem de bons relacionamentos, que consigam prosperar profissionalmente e que tomem boas decisões.

Alguns desafios que os filhos costumam enfrentar são o de se sentirem inseguros, com baixa autoestima, se preocupar sobre o que o futuro lhes reserva, ficarem indecisos sobre o que desejam fazer e temer não corresponder às expectativas. Podem também se sentir desmotivados, incompreendidos, sem espaço para expressar os sentimentos e opiniões, sem apoio e solitários.

Em muitos momentos, sentimos que não estamos tão conectados a eles como gostaríamos. Não conseguimos acessar seu mundo e saber o que está se passando para poder ajudá-los. Focamos muito em tentar corrigir os comportamentos desafiadores que eles apresentam e nos esquecemos de buscar compreender o que pode estar por trás da falta de comprometimento com os estudos, do distanciamento, da indiferença, da falta de motivação e tantos outros.

A autoestima é a base para que aprendam os conteúdos e tenham um bom desempenho. A autoestima fundamenta todos os outros esforços e é um elemento essencial para a motivação. Os seres humanos são naturalmente motivados a explorar e se desenvolverem, mas esse impulso natural pode ser aumentado ou diminuído por fatores externos como família, sociedade e cultura.

Sabendo disso, como podemos ser uma influencia positiva para que os nossos filhos tenham determinação e alcancem seus objetivos?

Como pais, contribuímos para fortalecer a autoestima dos nossos filhos quando reconhecemos seus esforços, os encorajamos, reforçamos suas atitudes positivas e lhes atribuímos níveis adequados de responsabilidades. Ao estarmos presentes em suas vidas, exercendo um papel ativo em sua educação.

Segundo a teoria da autodeterminação, três são os fatores principais que afetam o nível de motivação de um indivíduo:

– A competência – que é o impulso para se sentir capaz e bem sucedido;

– A autonomia – que significa ter o controle da sua própria vida. Ser capaz de ser você mesmo;

– Os relacionamentos – que é a necessidade de interagir e se sentir pertencente.

Quando satisfazemos nossas necessidades de competência, autonomia e relacionamento nos sentimos bem conosco e ganhamos motivação para nos desenvolvermos e termos sucesso.

A combinação de automotivação e força de vontade são fatores fundamentais para conseguirmos conquistar nossos objetivos. Quando é possível perceber o sentido e o benefício de algo, aumentam as chances de persistir e superar os desafios, de poder abdicar de gratificações em curto prazo por uma oportunidade de resultados e felicidade em longo prazo.

Atingir objetivos é importante e nos proporciona um senso de autovalor, mas devemos compreender que nosso maior valor vem de quem somos e não do que fazemos. Pessoas que baseiam seu senso de autoestima no que alcançaram tendem a ser mais inseguras e se comparam mais com os outros.

Quando nossos filhos se sentem apreciados, valorizados e respeitados por serem quem são e não pelo que fazem, reforçamos o seu senso de pertencimento e segurança. Eles se tornam mais capazes de tomar melhores decisões e agir com determinação para conquistar o que desejam.

Danielle Vieira Gomes



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