20 set Conflitos Conjugais – Parte II
Atitude defensiva: Quando um dos cônjuges se sente alvo de desdém, é natural que assuma uma atitude defensiva. Porém, pode ser muito prejudicial ao casamento porque os cônjuges não escutam um ao outro quando acham que estão sendo atacados.
Sua reação, então é eximir-se das responsabilidades ou justificar seus problemas. Assim como a reação “é, mas…”, em que transforma a concordância em resistência. Por exemplo: “Estamos precisando de aconselhamento, mas isso não vai adiantar nada.”
Às vezes, para se defender, as pessoas ficam insistindo no mesmo ponto, mesmo não havendo sentido. A atitude defensiva interrompe o canal de comunicação. Ela pode ser expressada no tom de voz ou na linguagem gestual. A chave para se sair da defensiva é ouvir o que o parceiro diz não como um ataque, mas como informação útil para avaliar qual necessidade não está sendo atendida, em vez de revidar ou negar.
Procure se desarmar e pensar sobre o assunto. Você pode responder: “Nunca pensei que você ligasse tanto para isso. Vamos falar mais sobre isso.” À medida que vão se desarmando, sentem realmente que estão querendo mudar a situação, se importam e estão buscando uma relação mais harmoniosa e tranquila.
Indiferença: Se o casal não consegue chegar a um consenso e continua deixando que a crítica, o desdém e a atitude defensiva comandem a relação, podem chegar ao quarto elemento: a indiferença. Isso acontece quando um cônjuge se fecha porque a conversa ficou demasiado intensa. Reagir habitualmente com silêncio aos conflitos conjugais, pode intensificar os problemas.
Se os parceiros não estiverem dispostos a conversar, os problemas continuarão sem solução, agravando o isolamento. É possível experimentar novas formas de manter a calma em discussões tensas. Pode ser útil fazer uma pausa quando as discussões estão acaloradas e retomar quando estiverem mais calmos.
Não se deve colocar a expectativa de mudança no outro. É importante Identificar o que está ao seu alcance mudar e o que você pode fazer para melhorar a relação. Ao conversar sobre algum problema, é importante estar desarmado e aberto para ouvir.
Os conflitos e desentendimentos são inerentes aos relacionamentos conjugais. Quando os problemas surgem, é necessário buscar formas construtivas para chegar a um entendimento. Procure ouvir além das palavras ditas, buscar o significado e os sentimentos subjacentes de forma empática.
O relacionamento conjugal deve ser um projeto em conjunto. Casais que possuem uma relação saudável, costumam demonstrar carinho, apreço, admiração recíproca e valorizar o companheirismo. Ser atencioso com o outro faz bem ao casamento. É necessário um esforço mútuo para fazer com que o relacionamento dê certo.
Baseado no livro: Inteligência emocional e a arte de educar nossos filhos: como aplicar os conceitos revolucionários da inteligência emocional para um compreensão da relação entre pais e filhos. Gottman, John e DeClaire, Joan. 1ª ed. – Rido de Janeiro: Objetiva, 2001.
Danielle Vieira Gomes