14 set Estratégias para ajudar as crianças a desenvolverem habilidades
Crianças pequenas não percebem as coisas com a mesma perspectiva que os adultos. Elas ainda não possuem maturidade suficiente, estão desenvolvendo seu cérebro e aprendendo. Por isso, costumam agir com as ferramentas que possuem. Cabe a nós como adultos, ensinar habilidades práticas para que elas consigam lidar melhor com certas situações.
Está além de sua capacidade ficar quieta numa fila de espera, à mesa de um restaurante ou em uma longa viagem. Elas precisam se movimentar e podemos criar formas de direcionar sua atenção.
- Em lugares com muitos estímulos, como supermercado, shoppings, dê a ela uma tarefa dentro de sua capacidade, isso direcionará sua energia para outra coisa:
-“Você pode me ajudar escolhendo as laranjas?”
-“Você pode empurrar o carrinho enquanto eu pego os produtos?”
- Diante de um novo ambiente ou situação, descreva antecipadamente, isso a deixará mais seguras. Ser o sujeito da ação diminui o medo e a ansiedade. Portanto, descreva-o antes de motivá-la a agir:
-“Amanhã em nosso passeio vamos visitar a casa de nossos amigos e jantar com eles.”
– “No final de semana, no passeio da escola vocês vão visitar o museu. Vamos deixar você na escola com seus colegas e professores e vocês vão de ônibus até lá.”
- Ofereça escolhas – Dê a ela a oportunidade de decidir mesmo que seja sobre algo pequeno, permitindo que ela se sinta responsável pela decisão:
-“Você prefere sair com o casaco azul ou o vermelho?”
– “Você quer colocar o pijama primeiro ou escovar os dentes?”
- Direcione a criança para o que ela deve fazer. Ao invés de dizer o que não quer que ela faça, diga o que ela precisa fazer:
– “Você deve guardar os livros desse jeito.”
– “Você deve colocar a mesa dessa forma.”
- É melhor responsabilizar do que gerar culpa. As perguntas são uma ótima forma de estimular a criança a buscar uma solução para o problema:
– “Qual a sua responsabilidade quando acaba de brincar com os brinquedos?”
– “O que você precisa fazer para andar em segurança no carro?”
- Dê informações ao invés de dar ordens. Ao se sentir o sujeito da ação, ela não terá a necessidade de se opor.
-“Está quase na hora de dormir.”
– “Já está quase terminando o seu tempo de jogar.”
O mau comportamento de uma criança, normalmente é um sintoma de outra coisa. Procure avaliar para tentar compreender o que pode estar provocando esse comportamento. Algumas coisas que podemos checar: alguma necessidade fisiológica, sobre carga de estímulo, cansaço, tédio, falta de atenção. Quando uma criança está incomodada, precisamos cuidar das suas necessidades emocionais.
Ao ampliarmos nossas ferramentas para lidar com situações que costumam ser desafiadoras, ajudamos as crianças a aumentar sue repertório de habilidades de respostas e a se autocontrolar. Nosso trabalho é acompanhá-las nesse processo de crescimento por meio do amor e do respeito.
Referência – Livro: “Já tentei de tudo” – Isabelle Filliozat
Danielle Vieira Gomes