29 mar Os limites são necessários para manter a segurança emocional e física dos nossos filhos
Crianças estão se desenvolvendo e como pais, temos o papel e a responsabilidade de comunicar com clareza as orientações de que precisam. A consistência de nossa postura permite que os filhos se sintam seguros sobre o que esperar e aprendam as normas para o convívio social.
Ao estabelecer limites claros, ajudamos nossos filhos a fazer o que é certo, a cuidar de si mesmos e tomar boas decisões. Nossos filhos precisam de parâmetros para entender quais comportamentos são aceitáveis e quais não são. O nosso papel é ensinar as regras para viver bem em sociedade, respeitando o espaço do outro e se fazendo respeitar.
A identidade se constrói nos limites entre o indivíduo e o ambiente, na experiência da frustração. Ao ajudá-los a compreender as regras do ambiente, nós os ajudamos a construir sua consciência para que eles possam desenvolver um sentido de moralidade e autocontrole.
Como pais queremos o melhor para os nossos filhos. Queremos vê-los felizes e realizados. No entanto, colocar limites poderá implicar em frustrar algumas de suas expectativas. Devemos ser capazes de lidar com o desconforto que nossas negativas poderão ocasionar na relação.
Crianças precisam sentir que nós somos sensíveis às suas necessidades e nos importamos com elas. Mas precisam também de nossa orientação amorosa para ajudá-las a construir controles internos e inibir impulsos ao internalizar o “não.”
Crianças testam os limites naturalmente e a colocação desses limites as mantém saudáveis e em segurança. Ao estabelecer as regras da convivência, garanta que todos tenham a possibilidade de expressar seus sentimentos e opiniões.
Após o estabelecimento das regras, é importante aplicá-las com consistência. Isso significa se manter firme para que seus filhos saibam que as regras são levadas a sério. O que não quer dizer que não será preciso readequar a rota em alguns momentos ou flexibilizar quando for necessário.
Se quisermos que nossos filhos cumpram com sua palavra, é importante que sejamos a força orientadora que irá moldar o comportamento deles através do nosso exemplo. Se estamos sempre dando desculpas e justificando nossas atitudes, não passamos confiabilidade em nossas ações.
Limites se diferem de limitações. Os limites servem para proteger, as limitações referem-se a nossa falta de autocontrole ou o não conhecimento de outros recursos para lidar com o mau comportamento dos filhos. Para Daniel Seigel, os “limites que você estabelece são como as barreiras de proteção de uma ponte.”
Uma criança que cresce em um ambiente em que os limites saudáveis estão bem estabelecidos aprenderá a aplicar esses limites em sua própria vida, desenvolvendo assim um melhor autocontrole e a capacidade de fazer escolhas positivas.
Danielle Vieira Gomes
IG: @daniellevieiragomes