16 ago Um ambiente acolhedor e encorajador ajuda os filhos a prosperar
As crianças e adolescentes estão cada vez mais sendo diagnosticados com transtornos alimentares, de ansiedade e depressão. Cada vez mais têm desenvolvido problemas comportamentais, apresentado baixa autoestima, baixa tolerância para lidar com frustrações, com tendência ao isolamento.
De que forma podemos ampará-los para que consigam transpor seus desafios e alcancem um maior bem estar?
Um dos fatores protetivos é buscar fornecer um ambiente em que eles recebam uma educação estável, atenciosa e receptiva. Transmitir-lhes um senso de pertencimento, dar espaço para que compartilhem suas angústias, suas preocupações, temores, sofrimentos e inseguranças.
Permitir que eles vivam plenamente sua infância, sem dar uma sobrecarga de atividades ou apresentar um alto grau de exigências, além do que seja correspondente à sua fase de desenvolvimento. Proporcionar um espaço em que eles se sintam seguros para aprender com os erros e fracassos.
Valorizar o esforço e não o resultado diminui o medo da crítica e de falhar. Quando tememos ser ridicularizados, errar ou sofrer constrangimento, não nos arriscamos, não tentamos, não falhamos e não conquistamos.
O que não falta em nossa sociedade são fórmulas de realização pessoal e sucesso. Precisamos cuidar para ter a sabedoria de apoiar nossos filhos a se tornarem quem eles nasceram para ser. Fazemos isso quando os ajudamos:
– A fortalecer os relacionamentos;
– Identificar suas aspirações e seu potencial;
– Reconhecer os próprios atributos, talentos e habilidades;
– Desenvolver um senso de propósito e objetivos na vida;
– Estabelecer metas realistas (sabem onde querem chegar e o que é preciso fazer para alcançar);
– Conseguir se manterem flexíveis para criar rotas alternativas, caso necessário;
– Ter capacidade de persistir e tolerar a frustração para tentar novamente;
– Acreditar em si mesmos;
– Olhar com esperança para o futuro.
Esperança é uma combinação de estabelecer metas e ter determinação e perseverança para persegui-las, além de acreditar em nossas próprias habilidades. Relacionar as ações deles com as consequências ajuda-os a compreender a apropriação de seus esforços, para que respondam positivamente às frustrações e decepções.
Ensiná-los a apoiar o colega solitário, a oferecerem ajuda, a serem generosos, respeitosos e encorajadores. Auxiliá-los a tomar boas decisões visando o bem maior, olhando além de suas necessidades individuais. Que possamos ser seus maiores exemplos para que desenvolvam um senso interno de orientação, ética e princípios que norteiem suas ações e os mantenham no caminho certo.
Estudos demonstram que pessoas com preparo emocional, alcançam um melhor desempenho acadêmico, são mais saudáveis e sociáveis. Tendem a ter menos problemas de comportamento e se recuperam mais rapidamente de experiências difíceis.
Danielle Vieira Gomes